quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

NOVA COIMBRA (MEVCHUMA): DEPOIS DA CCAÇ 1558. DE 1967 a 1974

Companhia Caçadores 1558 do Batalhão de Caçadores 1891






A CCAÇ 1558, integrada no Batalhão de caçadores 1891, comandada pelo Capitão Miliciano de Infantaria, Daniel Pereira Delgado, embarcou para Moçambique a 30 de Abril de 1966. Desembarcou em Nacala. Colocada na Zambézia no Ile-Errêgo, rendeu a CCAÇ1503. Destacou 1 Pelotão para Namarrói. Durante o mês de Maio de 1966, reforçou a CCS com 1 Pelotão.
De Maio de 1966 a Março de 1967, a actividade operacional, consistiu principalmente em patrulhamentos e contactos com a população em acção educativa e assistência medicamentosa.
Em Março de 1967, permutou com a CCAV 1506 em Nova Coimbra (MEVCHUMA). Guarneceu com 1 Pelotão os destacamentos de Messumba e de Miandica. Recebeu o reforço de 1 Pelotão da CCAÇ 1558
Lembrança de alguns mortos da CCAÇ 1558
De Março de 1967 a Fevereiro de 1968, efectuou entre outras, as operações "Experiência" (na região a Norte de Messumba), "Pente Fino" (entre Nova Coimbra e Maniamba), "Limpeza I e II" e "Mãos Dadas" (vale do rio Lunho), "Segundo Leão" (entre os rios Lunho, Namango e Lutiche), "Maconde" região da "Base Lijombos") e "Rumo Velho" (região da "Base Namatumba"). Participou nas operações "Marretada", "Caravana I" e "Caravana II".
Em Fevereiro de 1968 foi rendida em Nova Coimbra, pela CART. 2324 do BART. 2838 e transferida para o Alto Molócué onde rendeu a CCAV 1507 do BCAV 1879. Cedeu 2 Pelotões de apoio à CCS no Gurué. DE 11 de Maio a 29 de Julho de 1968, actuou na região de Nova Viseu, como força de intervenção, do comando do Sector "A" (Vila Cabral).
Foi rendida no Alto Molócué e Agosto de 1968, pela CCAÇ 1793 do BCAÇ 1934
De 
OPERAÇÃO BASE DOS MACONDES- 
Alvalade-1558


Corria o dia 22 de Agosto de 1967 e ao fim da tarde recebemos ordens para nos prepararmos para mais uma operação a partir de Nova Coimbra, província do Niassa- Moçambique.
Ao escurecer lá iniciámos a caminhada à procura do tal aquartelamento da Frelimo a que chamámos dos "Macondes".
Foi-nos pedido pelo capitão que fizéssemos o mínimo de ruído possível, já que para o bom êxito  da operação seria a surpresa a principal condição. A primeira etapa , foi o quartel do Lunho, onde descansámos debaixo de chuva torrencial.Fomos convidados a usar as casernas militares lá instaladas, que recusámos, pois nas camas os percevejos eram mais que muitos. Quem escreve esta narração, com os companheiros:...o Palma, o Constantino e o Paulino, fomos procurar um local onde nos instalássemos. Quando o achámos lá nos  deitamos cada um,  em cima de seis tijolos para a agua que chovia pudesse escorrer por baixo de nós. Passados que foram cerca de duas ou três horas, foi dado a ordem para retomarmos a caminhada até ao objectivo. Chegados lá, ainda escurecia, um dos nativos que fazia parte dos carregadores que transportavam o material radio, foi chamado ao capitão, para informar onde estavam  as armadilhas que estavam instaladas à volta do acampamento. Depois de detectadas e desarmadas , esperámos mais algum tempo para fazer o ataque. Quando começou a clarear o  capitão deu ordens para se formar dois flancos em V  e uma secção de assalto, comandada pelo próprio capitão.
A ordem de fogo seria:... quando ele lançasse a primeira granada e assim foi. Eu que estava na linha da secção de assalto, mais três ou quatro africanos, e quando se dá o rebentamento da primeira granada , começámos nós a ser fuzilados por muito fogo e alguns rebentamentos. Comecei logo a ouvir gritos de feridos e dois dos africanos que estavam comigo também foram  feridos. Gritei para que se deitassem por detrás das árvores e eu já estendido no chão não percebia de onde é que poderia vir tanto fogo. Levantei a cabeça e rodei o pescoço para o lado esquerdo,para perceber o fogo.Quando olhei de novo para a frente, senti uma cacetada na cabeça e pensei ser algum fragmento de pedra ou madeira projectado pelas balas que silvavam sobre nós. O capitão dá ordem para cessar o fogo e é quando se ouvem mais pedidos de ajuda  dos já numerosos  feridos.Foi o resultado da fuzilaria sobre nós. Quando me levantei do chão, já o sangue me  escorria pelo corpo abaixo.Então ouvi o capitão sussurrar  para o alferes P..... o Alvalade está arrumado. Mas, não estava, ainda fiz a mensagem (Zulu), a pedir a evacuação dos feridos e fui na ultima leva dos dois helicópteros que nos levaram para o hospital de Vila Cabral.Ás vezes ainda penso,que tive a sorte talvez, de se o único soldado na guerra de Moçambique que levou um tiro na cabeça e voltou vivo para a Metrópole.Mas  levei mais de um mês , e ao acordar durante a noite, a primeira coisa que fazia   era desviar a cabeça para o lado, a  tentar-me desviar do tiro.
Da nossa estadia em Vila Cabral por sermos feridos, um dia fomos (confrontados eu e o Palma) numa rua de Vila Cabral, com o comandante de Sector e o seu ajudante,  a uma distância razoável, por nós não lhe batermos a continência nos mandou chamar. O homem alterado faz-nos um sermão e sempre  dizendo, que tinha-mos o direito de conhecer o nosso comandante de Sector. Ao que nós respondemos...se o senhor andasse por os locais , onde arranjámos estes ferimentos (mostrei-lhe o penso da ferida na cabeça) nós de certeza que o conhecíamos. O homem ainda lamuriou, mas  mandou-nos embora. E nessa noite, mesmo ferido comecei a fazer reforços.Mas quando descobri que  não estava na lista de chamada ao recolher  da noite, comecei a baldar-me quando me apetecia e acabaram-se os reforços. E isto durou  mais de um mês, já que o ferimento deu para arranjar os dentes e tratar de todas as   doenças que inventei.
Passados alguns meses fomos fazer outra vez a mesma operação à tal base dos Macondeblues. Se calhar para confirmar se já estava activa. Já perto do objectivo o capitão perguntou-nos a mim e ao Palma se valia a pena irmos ao objectivo, o que nós respondemos que sim. Ficámos com a impressão que nos estava a pôr à prova já que fomos os dois feridos na anterior operação, no mesmo local !......

A 22 de Maio de 1967 morreu em combate 1 soldado da CCAÇ 1558
A 25 de Fevereiro de 1968 morreu em combate 1 soldado da CCAÇ 1558
Esta Companhia por acidente com armadilha morreu 1 Furriel
Esta Companhia por acidente de viação morreram 1 Furriel e 1 Soldado

Companhia Artilharia 2324 do Batalhão de Artilharia 2838
A CART. 2324 integrada no Batalhão de Artilharia 2838, comandada pelo Capitão  Artilharia João Manuel Machado Montalvão dos santos Silva, embarcou para Moçambique  no dia 31 de Janeiro de 1968.
Desembarcou em Nacala e foi colocada em Nova Coimbra (Mevchuma), onde rendeu a CCAÇ 1558 do BCAÇ 1891. Guarneceu com uma Secção o destacamento de Messumba.
A 24 de Fevereiro de 1968, a CART.2324 saiu de Metangula para Nova Coimbra onde chegou ás 11h. Mais tarde um Grupo de Combate (+) da CCART 2325 vindo do Cóbué, chegou a Metangula. Depois de receber as instruções e procedimentos este GC saiu às 16H com destino a Nova Coimbra. No dia 25, juntou-se-lhe uma secção da 1558 e partiram com destino a Miandica onde chegaram sem qualquer incidente às 16H15. Às 17H, um numeroso grupo inimigo desencadeou um fortíssimo ataque com morteiro de 82mm e armas automáticas do qual resultou a morte do soldado António Fernandes, da CCAÇ 1558.Clika aqui para leres a crónica de António Carvalho: O Último Soldado Português Morto em Miandica.
 Após este ataque foram  muitos os que disseram que quem os salvou foi a Nossa Senhora de Miandica , cuja imagem tinha lá sido colocada em Novembro de 1967 pelo 1º Pelotão da 1558 e no seu pedestal estava escrito: Nossa Senhora de Miandica, Rezai Por Nós.
 Após este ataque onde pela primeira vez a Frelimo utilizou armamento pesado, presume-se que com canhões de 120mm. O Comando do Sector temendo um forte ataque àquele pequeno destacamento e do qual a nossa pequena força não tinha meios humanos e materiais para o suster, resolveu por bem abandonar o destacamento a 3 de Abril.
No abandono alguém resolveu levar a Imagem da Santa para o quartel do Lunho e partir daqui vamos relatar a crónica do Padre  José Rabaça Gaspar Capelão do BART 2838.


Armas capturadas pela CART 2324
A CART 2324, de Fevereiro de 1968 a Março de 1969, executou, entre outras, as operações "Lobo Forte", "Lobo Branco", "Lobo Esfomeado", "Lobo Bronzeado" e "Lobo sem Loba".
Tomou parte nas operações "Lobo Arremete" e "Cavalo Preto".
Em Maio de 1969 foi rendida em Nova Coimbra pela CART. 2497 do BART. 2869
A 20 de Bril de 1968 morreu em combate 1 soldado da CART. 2324

Companhia Artilharia 2497 do Batalhão de Artilharia 2869


A CART. 2497 integrada no Batalhão de Artilharia 2869, comandada pelo Capitão  Artilharia João Pedro da Ponte e Silva Marques, embarcou para Moçambique  no dia 12 de Abril de 1969.
Desembarcou em Nacala e foi colocada em Nova Coimbra (Mevchuma) no Niassa. onde rendeu a CART 2324 do BART. 2838. Guarneceu com um Pelotão os destacamentos de Messumba e de Chiuaia.

De Maio de 1969 a Abril de 1970, executou, entre outras, as operações "Impala Contente", "Impala Risonha". "Impala Orgulhosa", (no vale do rio Lunho) ; "Impala Cuidadosa", (vale do rio Lucambo) e "Impala Boémia" (no vale do rio Luchamando). Tomou parte nas operações "Impala Grande" e "Impala Habilidosa".
Em data imprecisa de 1969, a FRELIMO atacou em simultâneo o aquartelamento e o aldeamento de Nova Coimbra, utilizando morteiros, lança-granadas-foguees e armas automáticas, tendo espalhado panfletos de propaganda
Em Março de 1970 foi rendida em Nova Coimbra pela CCAÇ 2662 do BCAÇ 2906.


Companhia Caçadores 2662 do Batalhão de Caçadores 2906 



A CART. 2662 integrada no Batalhão de Artilharia 2906, comandada pelo Capitão Infantaria Joaquim Júlio Monteiro, embarcou com destino a Moçambique a 4 de Fevereiro de 1970
Desembarcou em Nacala e foi colocada em Nova Coimbra (Mevchuma) no Niassa. onde rendeu a CART 2497 do BART. 2869.
Recebeu o reforço de um Pelotão da CCAÇ 2450 de  Outubro a Dezembro de 1970, rendido por um da CCAÇ 2551/BCAÇ 2880 até Abril de 1971. Guarneceu com um pelotão o destacamento de Messumba. De 18 de Setembro a 30 de Outubro de 1970, esteve empenhada, na protecção à 2ª CENGª/Agrupamento Engenharia de Moçambique, em trabalhos de reparação do itenerário Nova Coimbra-Lunho-Chissindo.
De Março a Novembro de 1970, efectuou várias operações, designadamente: "Leão Machambeiro) no (vale do rio Lunho), "Leão Adolescente" (Necomborera), "Lagarto Altivo" (vale do rio Lutiche), e Zip-Zip (Malolo). Tomou parte nas operações "Canguru", "Diadema" e "Ágata".
De Novembro de 1970 a 2 de Abril de 1971, esteve sedeada em Vila Cabral, na situação de intervenção do Sector A, ficando em Nova Coimbra, o pelotão recebido de reforço.
Regressou a Nova Coimbra e à subordinação do Batalhão.
De Abril a Agosto de 1971, executou, entre outras, operações: "Almofariz" (entre os  rios Cóbué, Naxiue e Mecondece) e "Alcobaça" (região da "Base Chissindo). Tomou parte nas operações: "Jaguar", "Jaguar III" e "Neolítica".
Em Agosto de 1971 foi rendida em Nova Coimbra pela CCAÇ 3393(BCAÇ 3850.

A 11 de Outubro de 1970 morreu em combate 1 soldado da CCAÇ 2662

Companhia Caçadores 2623 do Batalhão de Caçadores 2895 




A CCAÇ. 2623 integrada no Batalhão de Caçadores 2895, comandada pelo Capitão Infantaria Francisco do Carmo Medeiros de Almeida e mais tarde pelo Cap. Infª Angelo Coelho do Amaral e pelo Cap. Milº Infª António Burnay Bastos, embarcou com destino a Moçambique a 31 de  Outubro de 1969
Desembarcou em Nacala e foi colocada em Malapísia no Niassa.
A 10 de Setembro de 1970, com a transferência do batalhão, para Furacungo, passou a constituir força de intervenção no comando do Sector A (Vila Cabral), montando base em Nova Coimbra (Mevchuma) e no Lunho. Participou nas operações "Diadema" e "Ágata".
Em Abril de 1971 regressou a Messangulo

A 23 de Junho de 1970 morreu em combate 1 soldado da CCAÇ 2623

Companhia Caçadores 3393 do Batalhão de Caçadores 3850

A CCAÇ.3393 integrada no Batalhão de Caçadores 3850, comandada pelo Capitão Infantaria José Eduardo Salomão Mascarenhas e mais tarde pelo Cap. Milº Infª José Martins de Carvalho, embarcou com destino a Moçambique a 17 de Julho de 1971.
Desembarcou em Nacala e foi colocada em Nova Coimbra  (Mevchuma) no Niassa, onde rendeu a CCAÇ 2662/BCAÇ 2906.
Executou entre outras, as operações: "Nervo", "Acaju", "Algema", "Apode", "Arcabus", Jibóia IV" e "Arraias 11", em zonas não especificadas. Tomou parte nas operações: "Jagodes", "Jaguar 10", "Alcatrão" e "Jibóia 6".
A 30 de Maio de 1972 foi transferida, por troca com a CCAÇ 3468 de Nova Coimbra para Messangulo.

Texto e foto de Luis H. Martinho, Furriel Sapador da CCS do BCAÇ 3850

A CCS do BCAÇ 3850, esteve em Metangula de Agosto de 1971 a Março de 1973.
Estava nos planos uma futura mudança da CCS para Nova Coimbra. Este aquartelamento não tinha condições para receber tanta tropa. Havia que construir mais casernas e uma casa de banho decente, seguindo as plantas desenhadas em Lisboa.
A CCS do BCAÇ 2906, iniciou este projecto antes da nossa chegada. De nós, um pequeno grupo de Sapadores, foi incumbido de tal, alternando-se mensalmente os furriéis Sapadores António Dias Monge e Luis H. Martinho. Quatro ajudantes civis também faziam parte da equipa.
As casernas
As casernas eram feitas de chapas metálicas, pré-cortadas, assentes numa base de cimento. As casas de banho, era mais complicadas, eram feitas de blocos de cimento. A fossa foi cavada à força de trotil. Esta foi inaugurada por alturas do Natal de 1972.
Uma outra tarefa nossa foi armadilhar todos  os pontões por alturas do 25 de Setembro de 1972, dia da FRELIMO. Por esta altura armadilhei todos os pontões entre Nova Coimbra e o Lunho. Uma vez passada a época, havia que desarmadilhá-los. Este processo deixava-me bastante tenso, pois o inimigo entretanto poderia ter armadilhado as nossas armadilhas.
E finalmente raiou um glorioso dia de Março de 1973, dia que deixámos tudo para trás
De Agosto de1971 a Março de 1973, Nova Coimbra foi atacada seis vezes, das quais cinco estive presente.Três durante a permanência da CCAÇ 3393 re as restantes com a CCAÇ 3468.

Nova Coimbra, não estava tão isolada como o Lunho, mas não estava esquecida da Frelimo
Morteiro de 80mm que caiu sobre o paiol.

Companhia Caçadores 3468 Batalhão de Caçadores 3866


A CCAÇ.3468 integrada no Batalhão de Caçadores 3866, comandada pelo Capitão Miliciano de Infantaria António Vasco Baptista Burnay Bastos e mais tarde pelo Cap. QEO, Manuel Martins Barros, embarcou com destino a Moçambique a 6 de Outubro de 1971.
Desembarcou na Beira e a CCS do Batalhão foi colocada em Furancungo no distrito de Tete. À chegada foi-lhe retirada definitivamente a CCAÇ 3468, pelo que, para efeitos deste trabalho, será considerada subunidade independente.
Em Maio de 1972, permutando com a CCAÇ 3393 do BCAÇ 3850, foi transferida de Messangulo para Nova Coimbra (Mevchuma). Subordinada ao BCAÇ 3850, aquartelado em Metangula, efectuou várias operações nas zonas de Tchengamacoco, Nova Coimbra, Baixa do Lunho, dos rios Lucambo, Messinge, e Lunho e morro Messumba, designadamente: "Arrais 10 e 11", "Jaguar", "Abada1", "Joia", "Jamburu", "Jagodes 2" e "Jubiaba 1".
 Nesta foi apreendida grande quantidade de material de guerra, existente num depósito, na região de Tchengamacoco. Entre outras participou em: "Jubiaba 2 e 3" (região do Cóbué), "Jangada" (montes Itumba) e "Jaquetão" (montes Chissindo.

Texto e foto de José A. R. Louro, Furriel Mecânico da CCAÇ 3468

Quando da nossa passagem por Nova Coimbra, as operações no mato programadas ecom objectivos definidos, originaram confrontos com a FRELIMO e captura de armamento pelos nossos militares.
Em Nova Coimbra também estavam sediados um grupo de GE (forças militares formadas por naturais de Moçambique e comandados por militares da Província, sendo raras as excepções como é o caso deste grupo que era comandado pelo Sargento Adriano Bigone também Moçambicano), e que também tinham grandes confrontos no assalto às bases da FRELIMO de onde resultava a captura de vário armamento.


Foi rendida em Nova Coimbra e, Março de 1973, pela 2ª Cavalaria do Batalão de Cavalaria 8420.

Grupo Especial (GE) 101 

O Tenente Adriano Bigone, chegou a Nova Coimbra em Junho de 1967, incorporado como 2º sargento da 1ª Companhia do BCAÇ 16.
De Fevereiro de 1972, comandou até à sua extinção em 1974, o Grupo Especial 101.
Este grupo notabilizou-se com a captura de muito material de guerra e muita documentação da FRELIMO.


        

2ª Companhia do Batalhão de Caçadores 8420

À Dirª, o Capitão Serafim Santos
A 2ª Companhia do BCAÇ 8420 comandada pelo Capitão Miliciano de Infantaria Serafim da Silva Santos, embarcou de avião em Fevereiro /Março de 1973 com destino a Moçambique
Desembarcou na Beira. Rendeu em Nova Coimbra  (Mevchuma) no Niassa.
De Março de 1973, efectuou patrulhamentos, abertura de itinerários, nomadizações,  emboscadas, cercos, batidas e golpes de mão, nas regiões de Nova Coimbra,Tchengamacoco, Cóbué, Baixa do Lunho, dos montes Lijombo e Chissindo e dos rios Massinge, Lucambo,e Lunho, designadamente as operações "Fagote", "Fagulha", "Falperra", "Rachar 1 e3", "Malho 1", "Afrontar", "Ideal 1,4 e 5" e "Padrão 1,2 e 8". Participu em: "Furioso", "Factura" e "Fanar".
A 20 de Julho de 1974 foi rendida pela CART 7260/73.


1 Comentários:

Às 8 de maio de 2023 às 09:21 , Blogger Bernardino Peixoto. disse...

No dia dezanove de novembro de mil nove centos e setenta e dois acabava de chegar a um local onde a mata numa susceção infinita de coisa nenhuma para lá do limite do arame farpado se encontrava um aglomerado bairro de latas construído em chapas de zinco e outras em artesanal em blocos de cimento e tijolos. O desconforto provocado pelo calor intenso simplesmente instituiu que o nome do local me havia saído em sorte mas sem qualquer informação do que me esperava o buraco do Lunho é verdade que tomei a consciência de que estava num local onde não havia rede elétrica pública . Ali não havia eletricidade permanente existia sim um gerador que só funcionava quando caía a noite ficava escuro e era desligado à uma hora da manhã isso não seria o suficiente para alimentar as arcas congeladoras eram alimentadas a petróleo. Fui recebido pelos velhinhos era sempre servida como praxe de boas vindas como checa. velhinhos esses que ali habitavam à bastantes meses tempo suficiente para serem rendidos depois de nos entregar a zona do Lunho a Companhia de Caçadores 33 92 seguiram marcha para outro local nós ficamos ali abandonados à nossa sorte no meio daquele capim naquele ermo sem viva alma em nosso redor bem conhecido do Niassa Ocidental o buraco do Lunho.
Texto de Bernardino Peixoto Soldado Corneteiro.

 

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