TRAIÇÃO SEM ESCRÚPULOS E ARREPENDIMENTO
Texto de António Carlos Augusto
Ontem no episódio da série "A Guerra", ouvi com espanto, (ou talvez não), o antigo fundador e dirigente das BR (Brigadas Revolucionárias) Carlos Antunes, afirmar que o assalto aos Serviços Cartográficos do Exército teve o objectivo, concretizado, de roubar mapas militares que seriam depois enviados para o PAIGC através das vias "democráticas" e "humanistas" europeias. Elementos do PAIGC confirmaram a recepção destes mapas.
Nunca tive dificuldade em aceitar pontos de vista diferentes do meu, acho isso até natural. Dentro deste princípio aceito que alguém considere a última campanha das Forças Armadas Portuguesas em África, (1961-1975), um erro que deveria ter sido evitado, uma coisa que não deveria ter acontecido. Aceito que se diga que se deveria ter optado pelo diálogo com os Movimentos de Libertação e negociado uma evolução que a estes satisfizesse. Sobre tudo isto haveria que meditar, mas aceito o raciocínio. Aceito ainda, mesmo que com algumas reservas, que alguém opte por fugir para um país estrangeiro a fim de evitar a incorporação. Aceito, mas entendo que está errado.
Agora, outra coisa completamente diferente e inaceitável é que alguém forneça a um Movimento de Libertação dados, material ou informações que servem depois para "afinar" a técnica e até a táctica da guerra. Estes mapas foram utilizados para atingir aquartelamentos onde estavam portugueses, que não fugiram, que cumpriram, e por isso alguns perderam a vida. Perderam-na porque estes criminosos pseudo-intelectuais do esgoto, acharam-se no direito de fazer barbaridades destas. Isto sim é um massacre. É um acto consciente, premeditado, e calculado para produzir um efeito de morte. É uma tomada de posição militar como qualquer outra, e perante a qual a defesa portuguesa tinha todo o direito de agir. Assim sendo, quando cavalheiros deste género se queixam de sevícias na Polícia, não têm razão. A sua falha é incomensuravelmente maior. Estes crimes não prescrevem. Não deveriam prescrever. Mas isto o jornalismo não toca, não estuda e não escreve páginas de condenação. O que vende são as acções daqueles que, assumindo o seu papel, não fugindo às suas responsabilidades, viveram situações que não desejaram, e às quais ficaram amarrados para toda a vida. Mas cumpriram. E por isso hoje são acusados de terem cumprido, e são tratados quase como criminosos, por uma comunicação social longe de ser imparcial e incapaz de abarcar todos os ângulos de um mesmo problema.
Estes tipos como o cavalheiro que falou ontem, metem-me nojo. São de uma pulhice inqualificável. A sociedade que os ouve, atura e permite que circulem impunemente pelas ruas do nosso país está doente.
Nunca tive dificuldade em aceitar pontos de vista diferentes do meu, acho isso até natural. Dentro deste princípio aceito que alguém considere a última campanha das Forças Armadas Portuguesas em África, (1961-1975), um erro que deveria ter sido evitado, uma coisa que não deveria ter acontecido. Aceito que se diga que se deveria ter optado pelo diálogo com os Movimentos de Libertação e negociado uma evolução que a estes satisfizesse. Sobre tudo isto haveria que meditar, mas aceito o raciocínio. Aceito ainda, mesmo que com algumas reservas, que alguém opte por fugir para um país estrangeiro a fim de evitar a incorporação. Aceito, mas entendo que está errado.
Agora, outra coisa completamente diferente e inaceitável é que alguém forneça a um Movimento de Libertação dados, material ou informações que servem depois para "afinar" a técnica e até a táctica da guerra. Estes mapas foram utilizados para atingir aquartelamentos onde estavam portugueses, que não fugiram, que cumpriram, e por isso alguns perderam a vida. Perderam-na porque estes criminosos pseudo-intelectuais do esgoto, acharam-se no direito de fazer barbaridades destas. Isto sim é um massacre. É um acto consciente, premeditado, e calculado para produzir um efeito de morte. É uma tomada de posição militar como qualquer outra, e perante a qual a defesa portuguesa tinha todo o direito de agir. Assim sendo, quando cavalheiros deste género se queixam de sevícias na Polícia, não têm razão. A sua falha é incomensuravelmente maior. Estes crimes não prescrevem. Não deveriam prescrever. Mas isto o jornalismo não toca, não estuda e não escreve páginas de condenação. O que vende são as acções daqueles que, assumindo o seu papel, não fugindo às suas responsabilidades, viveram situações que não desejaram, e às quais ficaram amarrados para toda a vida. Mas cumpriram. E por isso hoje são acusados de terem cumprido, e são tratados quase como criminosos, por uma comunicação social longe de ser imparcial e incapaz de abarcar todos os ângulos de um mesmo problema.
Estes tipos como o cavalheiro que falou ontem, metem-me nojo. São de uma pulhice inqualificável. A sociedade que os ouve, atura e permite que circulem impunemente pelas ruas do nosso país está doente.
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