sábado, 23 de dezembro de 2017

GRUPOS, COMPANHIAS DE COMANDOS EM MOÇAMBIQUE





COMANDOS DA NAMAACHA 

Comandos Tropa de Elite do Exército Português



As condicionantes da guerra em África cedo ditaram a necessidade de criar uma força de intervenção que tivesse duas características básicas - mobilidade e capacidade operativa sem apoio de outras forças militares, ou seja, autonomia. Essa força nasceu em Angola em 1962, pela mão do então Capitão Gilberto Santos e Castro. O nome escolhido foi COMANDOS. Foi criada a partir de voluntários oriundos de Batalhões de Caçadores. Em Moçambique o então Comandante - Chefe da RMM, General Caeiro Carrasco, resolveu um Centro de Instrução e solicitou alguns instrutores ao CIC da ZEMBA em Angola. Este grupo de instrutores monitorizou o primeiro curso na região da NAMAACHA, perto de LOURENÇO MARQUES. Para frequentarem o CI 16 na QUIBALA NORTE, partiram para Angola os seguintes, oficiais, sargentos e praças da Região Militar de Moçambique.


 





Que se revestem para os demais, estava fora do âmbito das atribuições do Centro

A apresentação do pessoal no Centro afigurou-se-nos demasiado cedo, na medida em que acompanhando os instrutores tiveram de colaborar voluntariamente é certo nos trabalhos de construção do aquartelamento, o que, se seria obrigação para os instrutores, estava fora do âmbito ou finalidade da sua presença. Isto possibilitou no entanto a oportunidade de revelar o espírito de colaboração e de interesse de que vinham animados, que muitos se fez no desenrolar do curso.


A instrução realizou-se em 226 horas de nove semanas.
A parte operacional durou 21 dias


Concluído o curso na QUIBALA, cujo comportamento foi motivo de uma referência elogiosa que abaixo se transcreve, regressam a Moçambique a fim de fazerem parte do Corpo Instrutor do primeiro Centro de Instrução Comando, que se constituiu naquele território Ultramarino:


A Região Militar de Angola, emitiu a seguinte referência elogiosa, assinada pelo Major Comando, Fernando Catarino Tavares:

Tendo sido nomeados pela Região Militar de Moçambique para a frequência no CI 16, na instrução de aperfeiçoamento de contra guerrilha "COMANDOS", os Oficiais, Sargentos e Praças em cima já mencionados:

É de toda a justiça salientar o interesse e entusiasmo como, desde a sua apresentação, se dispuseram a recolher os ensinamentos resultantes da experiência de combate das tropas na RM Angola.

No CIC de Luanda, um grupo de Instrutores e Monitores
do CIC da Namaacha
Tendo marchado para o CI 16 juntamente com o pessoal instrutor, bastante tempo antes do início do período de instrução participaram com a melhor boa vontade nos trabalhos da instalação do Centro, demonstrando, desde logo, muita dedicação pelo serviço, óptimo método de camaradagem e notável espírito de colaboração.
No decorrer da instrução estes Oficiais patentearam em todas as circunstancias, possuir boa preparação militar, grande resistência física, muito desembaraço e, nos momentos de perigo, demonstraram sangue frio, calma e determinação.



Por tudo isto se pode concluir que os Oficiais, Sargentos e Praças da RMM que frequentaram o CI 16 obtiveram óptimo aproveitamento tendo honrado a RMM e justificado em absoluto a distinção que lhes foi concedida ao serem nomeados para esta missão.

Instrutores e Monitores


O primeiro Centro de Instrução de Comandos de Moçambique, ficou instalado na NAMAACHA (povoação fronteiriça com a Suazilândia a cerca de 70 Kms de Lourenço Marques).
foi nomeado comandante da instrução o então Capitão de Infª Flávio Martins Videira. A equipa de Instrução era constituída por:

Instrutores

Cap. António Rosado Serrano
Cap. Rui Amândio Pereira Marcelino
Ten.Milº Médico. Luís António M.P.C.S.M.Pereira
Alf. Milº.Fausto Lopes Proença Garcia
Fur. Milº João Pombo Rainha
Fur. Milº António Fernandes Vasques
Fur.Milº José  Granjeio Fragoso
1º Cabo Joaquim Afonso Moreira


O Curso teve início em 13 de Fevereiro de 1964 e terminou em 7 de Julho do mesmo ano.

Do guia do Comando do C.I. da NAMAACHA, distribuído a todos os instruendos no dia da chegada transcrevemos:
Que sejas, à C.C.E 313
E sejas benvindo, pela alegria que todos sentimos na previsão do vosso  convívio e na esperança da vossa glória.
Viver perigosamente vai ser o teu lema! Mas se a vida será dura como convém ao militar que és ao COMANDO que desejas ser, não te deves esquecer que é no sofrimento e na dor que se tempera a alma do militar e se caldeia a força da sua fé.
É a tua vontade, na alegria da tua juventude e na generosidade do teu temperamento, que virá o fiel da tua actividade e o orgulho da tua consciência. E quando, por esforços a sacrifícios, ao longo de riscos sem par, sentires merecer o título a que aspiras, ou sentires a alegria de ver brilhar no teu peito a insígnia que te distingue, então compreenderás o verdadeiro significado de um COMANDO. E saberás que esse título corresponde ao termo de uma luta que travaste contigo próprio, a uma vitória da tua vontade sobre o teu instinto.
Que sejas BENVINDO À C.C.E. 313. E que, quando daqui saíres, na certeza de um dever cumprido, leves contigo e na consciência a honra de merecê-la.

  Algumas indicações 

A instrução a que te irás sujeitar desenrolar-se-à , na sua maior parte, sem que conheças o seu horário ou a sua natureza. Isto quer dizer que num período de 24 horas estarás pronto, à mais pequena indicação, a apresentares-te no teu local habitual de formatura, para dali seguires ao cumprimento do que for determinado pelo instrutor. Poderá até suceder que te mantenhas em instrução por periodo superior a um dia, e serás forçado a viver de noite, isto é, a fazeres a tua vida normal durante o período nocturno do dia.
Tudo, portanto poderá aqui suceder sem que o estranhes e, sobretudo sem que deixes de dominar as reacções que, de certo modo, seriam normais se não tratasse de um COMANDO.
Um outro aspecto que julgamos dever prevenir-te, é o aspecto disciplinar do teu comportamento. Se o seu rigor poderá considerar-se um exagero para a tropa normal, para um COMANDO tornar-se de tal modo habitual que irás estranhar, no futuro, como te foi possível viver de outro modo. E não te esqueças, de que as exigências feitas não são obrigações que cumpres, mas a afirmação permanente da tua vontade e do teu desejo de ser COMANDO.
Um factor a que se dá grande importância, afinal a importância que mereces, é o atavio. Se as condições existentes não favorecem neste pormenor, elas só poderão ser uma mais forte razão para que os cuidados se redobrem e as exigências aumentam.
Por este factor não estranharás a permanente vigilância a que te sujeitas e, sobretudo ao permanente cuidado que deves ter. E neste continuar de revoluções e elucidações parece-nos o momento de referir os cuidados com a tua arma. Ela representa, bem o sabes, o teu mais forte argumento no combate: e porque assim é, a tua arma deve ser a tua maior preocupação. Se é obrigação de qualquer combatente habituar-se à sua permanente companhia, estimá-la como o mais fiel dos seus amigos e cuidar dela em todos os instantes, para um COMANDO constitui um legítimo título de orgulho. É por por esse facto que o seu uso permanente é exigido durante uma grande parte do Curso. Em qualquer instante, ela poderá ser sujeita a uma revista que, como é evidente, deverá concluir pelo seu perfeito estado de limpeza e funcionamento.
Finda a instrução formaram-se dois grupos.
Os SOMBRAS comandados pelo Alf. Milº
José Alexandre Gafarot de Almeida.
Os VAMPIROS comandados pelo
 Alf.Milº José António Mayer Cabral Sacadura
Particularidades


Todos os elementos sabiam: nadar, Operar com Rádio e conduzir.

Os Grupos eram de 24 elementos divididos por 24 elementos divididos por 6 equipas de 4.
O contingente de candidatos a Comandos, era formado por 200 elementos, dos quais, feita a 1ª selecção, ficaram 80. Estes 80 voluntários iniciaram a Instrução em 13-2-1964 e chegaram ao fim do Curso em 7-7-1964 cerca de 50 Instruendos com aproveitamento.
Cada Grupo era formado por:
 1 Oficial
 5 Sargentos
 6- 1º Cabos
12 Praças



Estes dois Grupos  actuaram exclusivamente como força de reserva à ordem do General Chefe do Estado-Maior da RMM, General Caeiro Carrasco, nos seguintes teatros operacionais de Moçambique:

Serra Mecula no Niassa 2 meses
Cabo Delgado, 45 dias
Nova Coimbra e Metangula, 2 meses
Do Lumbo a Metangula, 3 colunas de ida  volta para realizar o transporte de 6 lanchas da Marinha, durante 3 meses.
Passaram à disponibilidade em: Março de 1965
Estes Comandos utilizaram a boina vermelha (amaranto)
e o punhal KRIS
Intervenções do Agrupamento

Terminado o Curso de Instrução, o Agrupamento rumou a MECULA, de FN Belgas, de que gostaram muito, habituados que estavam às Mauser do Batalhão 558. a Missão era nomadizar na zona de MECULA até ao RIO ROVUMA. Julgava-se ali existirem bases inimigas, mas a zona era muito extensa, pouco povoada por autóctones e raramente se sentia a presença Europeia. Os Comandos detectaram a dada altura trilhos de infiltração inimiga em zonas o Rio era mais baixo. Por vezes os elementos da Frelimo passavam em filas numerosas, e os militares do Agrupamento baptizaram o local como ROSSIO. Instalados em cima das árvores observaram as acções do inimigo. Conseguiram infiltrar-se na TANZÂNIA, subornando aqui e ali elementos da população e descobriram a base, mas não tiveram autorização para a atacar.

De MECULA o grupo recebe ordens para seguir ;para NAMARRÓI na ZAMBÉZIA, onde a Frelimo tinha um núcleo que ameaçava as populações locais, e deixava os civis de Quelimane receosos de uma repetição dos acontecimentos de Março de 1961 em Angola. Os militares foram por isso recebidos em delírio naquela localidades


Em NAMARRÓI consegue dois guias. Um deles era um preso da Administração, conhecido por PÉ LEVE por ter um defeito numa rótula e uma Cipaio de nome PAULO. O Grupo da Frelimo que operava na zona tinha raptado todas as mulheres indígenas, incluindo a do Cipaio Paulo. O Pé Leve era quem conhecia o caminho, mas apesar de estar constantemente a afirmar "estamos quase", o Grupo caminhou 12 horas. Detectado o acampamento, organizaram o cerco, mas foram detectados pelas sentinelas e o ataque foi organizado de forma mais ou menos anárquica, com forte perigo de se confundirem os elementos dos Comandos com os da Frelimo. A explosão das granadas dentro das palhotas gerou grande confusão e a fuga de grande parte dos elementos inimigos, ficando só as mulheres e alguns prisioneiros que foram amarrados. O Paulo correu a abraçar a mulher mas ao fim de algum tempo ao se aperceber dos prisioneiros queria matá-los e foi a custo que o pessoal do Agrupamento o conseguiu segurar. No entanto um acontecimento anormal e inesperado sucedeu. As mulheres ofereceram-se aos militares, e estes largando os prisioneiros que acabaram por fugir, correram para elas. O Alferes Cabral Sacadura assistiu então aquilo que parecia um "bacanal romano". Findo o "evento", a força passou revista ao acampamento, e localizaram um celeiro, de onde saltou um homem de catana em riste que feriu o Cipaio Paulo. A resposta pronta do pelotão abateu o homem, mas o Paulo exigiu trazer a cabeça do mesmo para NAMARRÓI onde foram mais uma vez recebidos de forma entusiástica.


Concluída a Missão em NAMARRÓI , era tempo de rumar a MUEDA. Ali o Grupo viu-se sem o Alferes Sacadura, por este ter sido requisitado para comandar o Pelotão de Reconhecimento que teria de se deslocar à Algodoeira em DIACA. A meio caminho viram uma mangueira carregada de frutos. Ante o olhar incrédulo do oficial, os elementos do pelotão d reconhecimento abandonaram a viatura, e as armas nela, e correram a banquetear-se com mangas, nem suspeitando o enorme risco que corriam.

 Regressado a MUEDA o alferes segue com o Agrupamento para MITEDA e MUIDUMBE. Numa das operações quase apanhavam o Lázaro Kavandame que passou por eles disfarçado de mecânico, com fato macaco e tudo. Nestas operações estiveram a 28 dias a ração de combate, e verificaram que as latas de sardinha tinham o conteudo estragado, optaram então por fritar as ditas com sumo de limão ou manga. Meses depois vieram ficaram a saber que aquelas latas tinham sido rejeitadas para exportação e foram aproveitadas pelo Exército. Num encontro mais tarde conheceram o Engº Jorge Jardim que lhes resolveu o problema das latas de sardinha.
Terminada a estadia em CABO DELGADO a missão seguinte foi a todos os níveis surpreendentes. O Agrupamento integrou um força que tinha como missão transportar lanchas para o LAGO NIASSA desde NACALA. As lanchas rolavam através de um sistema de tracção manual em que as travesssas do caminho-de-ferro desempenhavam um papel fundamental. Para as lanchas passarem viram-se obrigados a destruir parcialmente algumas pontes. Chegados finalmente a METANGULA, dormiram no chão de uma arrecadação. e recusaram uma operação por s homens se encontrarem doentes.
Concluída a travessia das lanchas o Agrupamento retoma a MUIDUMBE E MUEDA. A dada altura recebem uma informação que os Padres Brancos de uma Missão em NANGOLOLO apoiavam os terroristas. Os Comandos iniciavam ali uma série de acções que envolveram a destruição de Missões.Quando chegaram a NANGOLOLO. os eclesiásticos já haviam partido, e os militares aproveitaram alguns dias para nomadizar na zona, matar as galinhas restantes e dormir em camas com colchões. Após tanto tempo no mato, NANGOLOLO parecia um verdadeiro hotel.
Regressam ao NIASSA numa missão idêntica à que tinham cumprido em NANGOLOLO. A ideia era destruir a Missão de NGOLO em MESSUMBA Chegaram lá com o apoio dos Fuzileiros e detectaram indivíduos que os padres anglicanos tentavam esconder. Os Comandos assaltam a Missão e atiraram sobre tudo o que se movimentava no interior, atingindo alguns Padres. Os Alferes foram chamados a VILA CABRAL à presença do Coronel Costa Matos e de dois Inspectores da PIDE. O caso esta feio porque tinha sido identificado um cadáver de um Padre com 14 furos.A meio da reunião entra o General Caeiro Carrasco de rompante e manda os Comandos sair daali imediatamente porque aquilo não era nada com eles.
Durante o gozo de um período de férias em LOURENÇO MARQUES, surge o pedido urgente da deslocação do Agrupamento para VILA CABRAL. Os graduados passaram a tarde na Rua Araújo à procura dos militares, e quando conseguiram runir todos os elementos apresentaram-se ao General Carrasco que os informou que seguia com eles até NOVA COIMBRA. Já perto desta localidade foram emboscados, e ante o pasmo dos Comandos o General vociferava: Fujam que está aqui o Comandante-Chefe de Moçambique que vai dar cabo vós! Valeu ao General um Comando encarregue da sua segurança que lhe lhe deitou a mão e o obrigou a permanecer deitado até a emboscada terminar.
Em primeiro plano o Capitão Caçorino Dias
Depois de nomadizar na região NOVA COIMBRA, seguiram para METANGULA, onde a dada altura chegou uma informação que garantia que num determinado local pernoitavam elementos inimigos. O Grupo desconfiou da missão que deveria à noite mas partiu para sua execução. Nesta operação foi envolvida a Companhia de Cavalaria 754, comandada pelo Capitão Caçorino Dias, também com a especialidade de Comando. Esta força foi emboscada este  Oficial ficou cego ( Clica aqui para leres a crónica da CCAV 754 Em: As primeiras Companhias emNova Coimbra-Lunha e Miandica)em consequência de ferimentos sofridos. e o Tenente Carvalho Araújo morreu. Os homens do agrupamento de Comandos acreditam até hoje que tudo não passou de uma cilada.

O descanso dos guerreiros


Um militar em operações sonha com o dia em que no próximo descanso operacional. Os militares do agrupamento de Comandos não escapavam a essa regra. No entanto alguns descansos tornaram-se  memoráveis pelos inusitados acontecimentos sucedidos.

Resolvidos os problemas em NAMARRÓI, os militares gozaram de um período de descanso em QUELIMANE. O primeiro dia desse descanso tornou-se memorável. Comandava o Agrupamento o Capitão Serrano, que tinha a particularidade de usar um revólver com tambor, com coronha em madre pérola.

Este Oficial pedia frequentemente a alguém que atirasse o chapéu ao ar e, quando este esvoaçava sobre as cabeças, o Cap. Serrano disparava sobre o chapéu.

No primeiro jantar este Capitão juntou-se aos graduados do Agrupamento num restaurante da cidade. A dada altura vieram dizer-lhes que uns miúdos brincava em redor dos Unimogs. O Capitão Serrano, para acabar com a brincadeira dos catraios, mas não se querendo importunar com o assunto, dispara dentro do restaurante, o que provoca um enorme alvoroço na população que nunca havia assistido a tal.
Depois do jantar os militares assistiram assistiram a um espectáculo de variedades de uma companhia de Teatro Metropolitana. Como não tinham outra roupa, os Comandos assistiam ao show, de camuflado, armas e granadas presas aos suspensórios , ante o olhar atónito e espantado dos civis, que evitaram os lugares perto dos militares cuja fama se espalhava rapidamente pela cidade. Terminado o espectáculo, a visita a alguns bares originou um excesso de álcool que não terá sido alheio a umas corridas de Unimogs pelas ruas da cidade em grande velocidade, que só por milagre não causou vítimas.
Depois de terminada a disputa automobilística, os oficiais à casa onde pernoitavam e acharam por bem montar o morteiro na entrada da mesma. A dona da casa entre aflita e incrédula ante o que via, pediu que guardassem as granadas num cofre da casa, ao que os militares acederam.
No dia seguinte veio a ordem de marcha imediata para o Norte e, com pressa e o resto dos vapores do álcool os homens esqueceram as granadas no cofre. A dona da casa enviou um telegrama a perguntar por vias ínvias, o que fazer ao recheio do cofre. O Alferes Sacadura mandou-a lançar tudo ao mar.
Da esqº para a Dirª Cap. Serrano, Gen. Caeiro Carrasco
e o Cap. Videira, comandante do CIC- Namaacha
Num outro descanso, desta vez em LOURENÇO MARQUES, o Gen. Carrascomandou o Agrupamento para a PONTA MAHONE, para que as pessoa da cidade não ficassem horrorizadas com o seu comportamento. Passados poucos dia apareceram por ali dirigentes do MNF, a  oferecer recordações e a quererem falar com os militares. A própria Supico Pintodirigindo-se a um militar perguntou-lhe se conhecia o Movimento. Este respondeu de pronto: Não, não conheço nada dessa merda!
A população civil da PONTA MAHONE recebeu os militares muito bem, oferecendo bolas de futebol, equipamento e tabaco. Os alferes foram agraciados com canetas Parker com os nomes gravados. No entanto em LOURENÇO MARQUES os militares repararam que ninguém falava de guerra. Era uma coisa distante de que as pessoas não tinham consciência. Os soldados ao repararem nisso sentiram alguma frustação.

Atribulações da Guerra


Estando o Agrupamento numa intervenção em MUEDA, foi-lhes apresentado um novo Capitão que deveria substituir o que comandara os Grupos  até então. Este Capitão tinha cumprido já bastantes meses da sua comissão, e portava-se como um teórico sem muita experiência de terreno.

A primeira missão que solicitou ao Agrupamentofoi a de fiscalizarem uma picada onde a FRELIMO emboscava as viaturas frequentemente, e minava em diferentes pontos. O método que deveriam utilizar seria revolucionário, mas suscitou aos oficiais comandantes dos dois Grupos as maiores dúvidas, sobretudo porque era grande o perigo de os homens serem atingidos por fogo amigo.
O novo método em fazer caminhar em fazer caminhar um Grupo pela picada , dividida em dois, costas com costas, virados para a mata e prontos a disparar ao mais pequeno sinal da presença de guerilheiros. O outro Grupo deveria seguir pela mata e prontos a disparar ao mais pequeno sinal da presença guerrilheiros. O outro Grupo deveria seguir pela mata e reunir-se aos seus camaradas da picada num determinado ponto. A ideia era provocar o inimigo, que atacaria quando visse uma força reduzida na picada, e seria surpreendido assim que fosse  atacado pelas costas pelo Grupo que seguia pela mata. Na prática , a aproximação à picada por parte do Grupo que caminhava na mata fêz-se ligeiramente antes do ponto marcado, devido às evidentes dificuldades em discurtinar no mato o local da picada exacto. O militar que seguia à cabeça da coluna ao vislumbrar movimentos na mata abriu fogo, no que foi secundado pelos restantes camaradas. Quando se aperceberam que eram os elementos do outro Grupo já haviam morrido 3 e 6 estavam gravemente feridos. O Capitão foi corrido, e o Alferes Cabral Sacadura assunmiu o comando do Agrupamento, como oficial mais velho dos dois Alferes,
Alferes CMD. José Mayer Cabral Sacadura
No período inicial, quando o Grupo estava nomadizado na serra de MECULA , decidiu-se montar um acampamento na encosta. O Alferes Sacadura percebeu que sempre que sempre que podiam os homens desciam a encosta para chegar a um aldeamento onde as mulheres os recebiam muito bem, havendo alguns que já tinham companheira certa.
Decidiu o Alferes construir um bairro militar. Quando as palhotas estavam edificadas disse aos homens que tivessem mulher podia ir buscá-la e viver com ela no bairro. O Alferes construíu uma palhota para ele e colocou um letreiro que dizia PALHOTA DO CHEFE DA POVOAÇÃO. Na entrada do conjunto de palhotas outro letreiro inormava: BAIRRO MILITAR DE MECULA.
A dada altura o Bairro foi visitado por um Tenente da inspecção militar. Este Oficial dparou com uma bengala cheia de cornos de animais que o grupo tinha abatido para o seu sustento. Esta bengala encontrava-se perto do pau da Bandeira. O Alferes Sacadura ao verificar o interesse do Tenente disse-lhe: "Isto não é para a sua cbeça, é só para o pessoal que está aqui". O Tenente lá partiu para elaborar o seu relatório.
Os comandantes do Agrupamento de Comandos
Alferes Gafarot e Cabral Sacadura
Ao fim de mais de 30 meses de comissão, o Agrupamento foi chamado a LOURENÇO MARQUES. Os militares encontravam-se num estado lastimável, com vários casos de paludismo , e em situação psicológica não muito animadora.Pensavam que a sua tarefa tinha finalmente terminado mas enganaram-se. Após um curto período de descanso tiveram de ir em missão de protecção ao transporte de lanchas da Marinha do LUMBO a METANGULA. Ali permaneceram 3 meses.Click aqui para ler a crónica "Operação ATUM"
 Em Janeiro de 1966 terminaram a sua comissão de serviço e regressaram a LISBOA, passando logo de seguida à situação de disponibilidade.
A GUERRA INTENSIFICAVA_SE EM MOÇAMBIQUE
A excessiva proximidade com o General Caeio Carrasco e a independência excessiva do Agrupamento de Comandos da NAMAACHA, face ao Batalhão de Comandos de Angola, ditaram a descontinuidade do projecto de Moçambique.
Assim, as Companhias de Comandos foram umas formadas em LAMEGO e outras em ANGOLA.
Em Maio de 1966 chegou a Moçambique a 2ª CCMDS que foi formada em ZEMBA (ANGOLA).


COMPANHIAS de COMANDOS

2ª COMPANHIA DE COMANDOS
Identificação
Unidade Mobilizadora:  BCAÇ 5 -- Lisboa
Comandante: Cap. Jaime Alberto Gonçalves das Neves
Partida: 28 de Maio de 1965
Regresso: 11 de Setembro de 1967
Chegada à RMM: 06 de Maio de 1966
Regresso: 5 de Fevereiro de 1967
Síntese da Actividade Operacional:
 Desembarcou em Luanda , a 6 de Junho de 1965. Em Angola receberam a instrução e o respectivo crachá de Comandos, até 10 de Maio de 1966, data em que foi transferida para Moçambique, desembarcando em Lourenço Marques a 18 daquele mês.
Montou base no LUMBO na situação de intervenção do Comando da Região Militar de Moçambique. Deslocou-se com frequência aos Distritos de Cabo Delgado e do Niassa, a fim de efectuar várias operações, nomeadamente as referidas:
CABO DELGADO:
Junho a Julho de 1966 Operações:     
"Açor em Ingolonga" e "Catatua" em Mutamba dos Macondes
Outubro a Novembro de 1966 Operações: 
"Polimónio" em Nambude até Ponte do Chai 
Janeiro a Fevereiro de 1967 Operações: 
"Castanha" em Nangololo;
"Martelada" e "Trolha" em Miteda
"Desbravar" em Mocímboa do Rovuma
Abril de 1967 Operações: 
"Finalmente" em Rio Messalo; Serra Nicheua; Mucojo
Julho de 1967 Operações: 
"Mabecos Raivosos" em Mutamba dos Maconde
"Furriel Aguian" em Sandoca

Na Operação "Martelada" a Companhia destruíu a base Zambeze com hospital e baixas ao Inimigo
Na Operação "Raivosos" a companhia destruíu as bases Área Branch; Mueda e Nampula. Capturou material de guerra.
Niassa
Agosto a Setembro de 1966 Operações: 
"Olho Vivo" em Rios Lucheringo e Lucuisse
"Licas" em Rio Messinge
"Picanço" em Chala
Novembro a Dezembro de 1966 Operações: 
"Maionese I e II" em Mepotxe
Maio a Junho de 1967 Operações: 
"Chaimite" em Muoco
"Alentejano" em América
"Aveiras" em Muela
Na Operação "Alentejano" a companhia destruíu 6 acampamentos
Texto publicado no Diário de Notícias de Lourenço Marques
Parte do LUMBO para LOURENÇO MARQUES, a 2ª CCmds, donde embarcará muito em breve para a Metrópole, após ter terminado a sua Comissão em Moçambique. 
Esta Companhia chegou ao LUMBO em 23 de Maio de 1966 , vinda de Angola, logo cativando todo o povo desta povoação, pela sua simpatia, pelo seu comportamento exemplar nas relações com os civis, pelo seu brilho e orgulho na farda que envergavam, bastando poucos momentos de contacto para que toda a população os considerasse tropa de elite.
Militares aprumados, briosos, corajosos e disciplinados, comandados por um excepcional comandante e que muito contribuiu para o grande êxito que os seus homens realizaram na luta contra o terrorismo no Norte de Moçambique. É com imensa que os vemos partir, mas ao mesmo tempo satisfeitos por termos vivido lado a lado, durante 14 meses e por verificarmos com orgulho que, com tais soldados, a vitória final na luta que estamos empenhados não irá longe.
No momento da partida desta companhia, não queremos de saudar com admiração, todos os seus homens e desejar-lhes imensas felicidades nas novas missões que irão desempenhar pela vida fora. na hora da partida  também não nos esqueceram, deixando uma placa comemorativa, da sua passagem nesta terra, junto ao Posto Administrativo, com a seguinte inscrição:


 Texto de: Perfeito Nogueira  
Soldado 16/65 da 2ª CCmds

Em 31 de Janeiro de 1967 fomos fazer uma operação na zona de MUEDA, mais propriamente no VALE DE MITEDA. Zona de grande risco para as nossas tropas. Ao 5º Grupo ao qual eu pertencia foi-lhe atribuída a missão de tentar anular o perigo que aquela zona representava. Tudo decorri dentro da normalidade com todos os cuidados que a operação merecia. Até que de repente...BUM!!!!. Rebenta uma armadilha. Fui a maior vítima. Estive dois anos em recuperação em Moçambique e Lisboa. Ainda hoje e já com 70 anos e ainda com muitos estilhaços no corpo tenho alguma limitações físicas. Apesar de tudo sinto-me tranquilo com tudo o que aconteceu naquela maldita guerra.

4ª COMPANHIA DE COMANDOS


Identificação
 Unidade Mobilizadora:  RAL 1 -- Lisboa
Comandante: Cap. Milº Horácio Francisco Martins Valente
Cap. Infª José Manuel Glória Belchior
Alf. Milº Gonçalo Nuno Duarte Sampaio Fevereiro
Partida: 09 de Novembro de 1966
Regresso: 19 de Novembro de 1968
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Lourenço Marques, a 26 de Novembro de 1966, seguindo para Vila Cabral, onde decorreu a 2ª fase da Instrução de 2 de Dezembro a 22 de Março de 1967. Na situação de intervenção do Sector "A" (ali sedeado), desenvolveu intensa actividade operacional em várias regiões nomeadamente: Bandece; Maniamba; Cantina Dias; Unango; Metangula; Lunho; Muembe; Massangulo; do Rio Lucheringo, confluencia rios Litcheze e Luangua e monte Chissindo, efectuando entre outras, as operações: "Aleluia"; "Bendo"; "Bicada"; "Condor"; "Falcão 1 e 3"; "Corvo 1 e 3"; "Marte"; "Demonstração"; "Luar Novo"; "Alferes Abreu"; "Raio de Luz" e "Gungunhanha" (no regresso desta, a Vila Cabral, integrado numa coluna auto em Nova Coimbra, percorridos poucos kilómetros, a viatura da frente, onde seguia o Capitão Horácio Valente, CMDT da Companhia e um oficial subalterno, accionou uma mina anti-carro, em 11 de Agosto de 1968, causando a morte do 1º e ferimentos graves no segundo. (Clika aqui para leres a crónica......)


Material de guerra capturado pela 4ªCCMDS
De salientar a operação "Marte", efectuada com o reforço de um grupo de milícias do Comandante Daniel Roxo e apoiada pela Força Aérea, na zona do monte Chissino no Lunho, que resultou a 1 de Abril de 1968, a destruição da Base Distrital Gungunhana, muitas baixas ao inimigo e a captura de grande quantidade de material de guerra e documentos e destruição de depósito com quantidade considerável de fardamento e calçado. Participou nas operações "Pamplona" (nascente do rio Lucambo), "Cá Estamos" (Muembe), "Bom Começo" (entre os rios Luangua e Luambala e localidades de Cantina de Matucuta e Jambone), "Pois é" (zona do rio Lugola e "Filho Pródigo" (Unango).

7ª COMPANHIA DE COMANDOS
Identificação
Unidade Mobilizadora: BC 5 -. Lisboa
Comandantes: Cap. Milº CMD. Jaime Rodolfo Abreu Cardoso
Embarque: 21 de Junho de 1966
Regresso à Metrópole: 08 de Outubro de 1968
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Luanda, a 30 de Julho de 1966, a fim de receber instrução no CIC de Luanda. Após treino treino operacional, no Leste de Angola seguiu para Moçambique  a 3 de Dezembro de 1966, desembarcando em Mocímboa da Praia a 23 do mesmo mês.
Na situação de intervenção do Comando da RMM, esteve sedeada em:
 Mocímboa da Praia de Dezembro 1966 a Setembro de 1967
Lumbo dede Setembro de 1967 a Março de 1968
Mueda de Março de 1968 a Maio de 1968
Lumbo de Maio de 1968 a Outubro de 1968.
Efectuou operações nas regiões de Serra do Mapé, Quitarejo; Nantombo e nascente do Rio Tubile a Norte de Rucia, nomeadamente:
"Abraço 6 e 9"; "Silex": 
"Ágata"; "Ametista"; "Calcedónia"; "Gavião";  e "Lacrau".
Participou em muitas operações nomeadamente:
"Polvo" vales dos rios Logombe e Mambua;
"Castanha" em Nangololo e Vale de Miteda
"Martelada" em margens dos rios Sinhoco e Indjedje
"Trolha" em Miteda, Muidumbe e e Vale de Muera
"Finalmente" numa vasta área delimitada a Norte pelo rio Messalo, a Oeste pela Serra Nicheua e a Sul pela picada Macomia-Mucojo e a Este pela orla marítima.
"Hiena" 1ª fase em Chai e Nangolo
"Hiena" 2ª fase nos vales dos rios Muatide, Dialaquele, e Muera e zona do Sagal
"Subida" e "Serpente" na serra do Mapé
"Pinho" em Nambude
"Andorinha" em Rucia.
De salientar as operações "Hiena" 1ª e 2ª fases e "Finalmente" que resultaram na destruição de muitos acampamentos e captura de material de guerra.

9ª COMPANHIA DE COMANDOS


Identificação
Unidade Mobilizadora: RAL 1 -. Lisboa
Comandantes: Cap. Infª CMD. Maurício Leonel de Sousa Saraiva
Cap. Infª CMD. José Humberto Baptista da Silva
Cap. Art. CMD Júlio faria Ribeiro de Oliveira
Divisa: Fntasmas
Embarque: 15 de Julho de 1967
Regresso à Metrópole: 10 de Setembro de 1969
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Porto Amélia, a 13 de Agosto de 1967, seguindo para Montepuez, onde foi colocada na situação de intervenção do comando da RMM. Intercalando com períodos para repouso do pessoal em Montepuez , desenvolveu a actividade operacional numa vasta área de Cabo delgado, nomeadamente nas zonas de Mueda, Mocímboa do Rovuma, Nangololo, diaca, Chai, Mucojo e Macomia.
Uma equipa de Combate da 9ªCCMDS
Operações
"Para Começar" no Rio Muera
"Já Começou" no Rio Muera
"Leão Manhoso" (A) em Nangololo
"Dragão Negro" (B) Margem Sul do Rio Rovuma
"Cabo Moreira" em Chai
"Lembrança" em Lago Nhande no Chai
"Outro Lado" em Lago Nhande no Chai
"Manuela" (C)  em Rio Sinheu
"Mau vizinho" "Marte" e "Madre" em Rucia
"Abraço Firme" em Serra do Mapé
"Fantomas 1" em Chomba
"Dragão Vermelho" (D) em Serra Mecânica 
"Aranha" em Lago NGuri
"Pala Pala 1"  em Chai
"Marte 7; 5; 8" respectivamente em Rio Mapoedi (Chai); Litamanda e Lagoa de Litamanda
"Giboia 1;2;4 e 6" respectivamente em Nascentes dos rios Nambidge; Liucue e Nantumbile; Nascente do rio Nambidge e Norte da Serra Mecânica; Serra do Mapé
"Etala 1; 2 e 4" Mata Nhogolo (Chai)
"Etata 5 e 6" Serra do Mapé
"Pala pala 3" Entre Cruz Alta e esporão Norte da Serra da Mapé
 (A) Destruíada Base Zambézia, capturado armamento e grande de cunhetes com muniçóes.
 (B) Participou
 (C) Participou. Gravemente ferido o Comandante da Companhia
 (D) Destruída Sub - Base Provincial de Moçambique (encontrada abandonada) e grande quantidade de géneros alimentício existentes num depósito


10ª COMPANHIA DE COMANDOS


Identificação
 Mobilizadora:RAL 1- Lisboa
Comandantes: Cap.CMD Eduardo da Silva Fernandes Maqueijo; 
Ten. CMD: Luís Alberto Santos Banazol 
Cap. CMD António Ivo do Nascimento Viçoso
Divisa: "Cobras"
Embarque: 7 de Dezembro de 1967
Regresso: 27 de Dezembro de 1969
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Porto Amélia, a 1 de Janeiro de 1968. Com curtos períodos de repouso em Porto Amélia, desenvolveu intensa actividade operacional numa vasta área do Distrito de Cabo Delgado. Montou base em várias localidades, a fim de efectuar operações, nomeada mente as indicadas:
Operações:
Zona de Diaca de 2Jan.68 a 18Out.68
"Pesquisa" em Nancatari
"Flecha" (B) em Nancatari
"Víbora Mouzinho" (C) em Chindorilho
"Gibóia" (D) e "Águia Real" entre Muatide e o Rio Muera
"Águia Vermelha" (E) Nascente do Rio Muere, Monte Ungulé, e rios Nambole e Homba
"Titan" (F) em Muidumbe
"Vampiro" (G) em Rio Mutamba
"Despedida" (H) em Diaca
Zona de Mocímboa da Praia de 4Nov68, a 3Dez.68
"Gavião 1" em margens do Rio Muera
"Gavião 2" entre os Rios Nango e Bandaze
"Gavião 4" Sul da picada Mocímboa da Praia - Diaca
Zona de Mucojo de 16Dez68 a 31Dez68
"Urano 1" em Lagoa Litamanda
"Urano 2" em Nascentes do Rios Nambidge e Natumbile na Serra do Mapé
Zona de Mocímboa da Praia 3Fev.69 a 6Abr.69
"Lacrau 3" Vales dos Rios Muera e Muenguede
"Lacrau 4" em Nambude
"Lacrau 5" em Lago NGuri
"Vulcão 1" em Lagoa Coia
Zona de Macomia de11Mai.69 a 3Jun.69
"Águia Negra 1"em Picada Macomia - Cruz Alta
"Águia Negra 2 " em nascente do rio Muacamula
"Zona de Mueda de 4Jun.69 a 13Jun.69
"Zeta" (I)  em Margem sul do rio Rovuma a Norte de Mocímboa da Praia
Zona de Chai de 16Jul.69 a 29Ago.69
"Esquilo 1" em Chai
"Esquilo 3" em Rio Liucué
"Esquilo 6" em Rio Liucué
Zona de Macomia de 31Set.69 a 15Nov.69
"Aurora 1" em Nhongolo
"Aurora 4" em Serra do Mapé
"Aurora 5" em Lago Nhange
"Aurora 6" (J) em Mataca

(A) De 2 a 31 de Janeiro de 1968 efectou treino operacional
(B) Ficou gravemente ferido o Comandante da Companhia devido ao accionamento de uma armadilha
(C) (D) (E) (F) (G) (H) (I) Participou
(F) Destruída base Branch Muidumbe, 12 acampamentos, baixas ao inimigo, e destruída grande quantidade de géneros alimentícios.
(I) Operação  (ZETA) de grande envergadura. Destruída base Limpopo e baixas ao inimigo. Capturada grande quantidade de material de guerra e outro e documentação. As Nossas tropas sofreram algumas baixas resultantes do accionamento de armadilhas.
Rescaldo da Operação "ZETA"
(J) Destruída base Manica, Baixas aoinimigo e capturado material de guerra


       

17ª Companhia de Comandos

Unidade Mobilizadora: C.I.C - Luanda
Comandantes: Cap.Cmd João Baptista Serra; 
Ten. Cmd Casaca Pulguinhas
Embarque: 23 de Julho de 1968
Regresso à Metrópole:18 de Agosto de 1970
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Luanda , a 4 de Julho de 1968., a fim de receber instrução no Centro de Instrução de Comandos de 5 de Julho a 17 de Setembro de 1968.
Seguiu para Moçambique a 23 de Setembro de 1968, desembarcando em Porto Amélia a 9 de Outubro de 1968. Deslocou-se para Mocímboa da Praia e daqui para Mueda onde chegou a 18 de Outubro. Intervalando com períodos de repouso do pessoal em Montepuez e Ilha de Moçambique, desenvolveu a actividade operacional nos Distritos de Cabo Delgado, Tete e Niassa, efectuando muitas operações, designadamente:
Operações:
CABO DELGADO:
MUEDA de 18Out.68 a 08Jun.69
"Raio Verde (B) Entre os rios Muere e Litandoane     
"Trovão 1" Entre os rios Lipude  e Uteco
"Trovão 2" Nascente do rio Muera
"Trovão 3" Nascente do rio Sinheu
"Relâmpago 2" (C) em Chidorrilho
"Relâmpago 3" em Rio Uteco
"Relâmpago 4" A Norte de Mueda
"Relâmpago 5" (C) em Sagal
"Afasta 1 e 4 " Entre as picadas Mueda-Sagal e Mueda-Miteda
Nangololo de 08Jun.69 a 26Ago.69
"Chita 3" (E) em Macopela
"Chita 2" em Capoca
"Chita 1 e 4 " Rio Lipélua (Muidumbe)
"Chita 5 " Entre os rios Lugombe e Nandulo
Ancuabe de 10Jan.70 a 5Abr.70
"Vento Norte" (G) Ancuabe
"Paula 1 e 2" (H) Em serra do Mapé
"Paula 3 e 4" em Mataca
MUEDA de 01 Jul70 a 04Ago.70
"Nó Górdio" (J)
Niassa
Vila Cabral de 31 AGo.69 a 4 de Jan.70
"Javali" e "Capote" em Monte Massanguene
"Faísca"  em Rio Luculele
"Cutelo" (F) em Rio Luculele
"Cavalo Russo" em Maniamba
"Arreda" em Rio Timba
"Ultrapassagem em rios Licuticutie Nossi
Tete
Chipera de 04Mai.70 a 01Jun.70
"Pelicano 1ª Fase" em Chipera

(A) de 18Out.68 a 18Nov,68, efectuou treino operacional
(B) Na travessia do rio Muera, devido ao accionamento de armadilha, do efectivo (4 grupos de combate), 1/3 ficou inoperacional
(C) No regresso em meios autos, foi accionada uma mina anti-carro, a cerca de 8Kms de Mueda, causando baixas à companhia.
(D) (E) (I) (J) Participou
(G) destruída base antónio Enes. Baixas do inimigo, captura de material de guerra e outro.
(H) Accionando engenho explosivo na picada Cruz Serração Mecânica, causando baixas à companhia
(I) Efectivo totalmente empenhado
(J) Atribuída a missão de abertura de itenerários e escoltas a colunas logísticas. Na picada Mueda - Omar, cujo percurso demorou 12 dias, detectou e destruíu 57 engenhos explosivos. não evitando contudo que 4 fossem accionados involuntariamente, causando baixas à Companhia. 

18ª Companhia de Comandos


Unidade Mobilizadora: C.I.O.E Lamego

Comandantes: Cap. Cmd Albano Gama Diogo; 
Ten.CMD Horácio Jesus Ferreira
Divisa: Anjos da Morte
Embarque 21 de Outubro de 1968
Regresso: 19 de Dezembro de 1970
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Nacala, a 18 de Novembro de 1968, seguindo para Vila Cabral. Efectuou o treino operacional na região de Bandece, de 27 a 15 de Dezembro de 1968. Com períodos de repouso em Montepuez e Porto Amélia, desenvolveu a actividade operacional nos distritos do Niassa e Cabo Delgado. Estabeleceu base em várias localidades a fim de efectuar operações, nomeadamente as indicadas.
Operações:

NIASSA: 
Vila Cabral de 15 Dez.68 a Ago.69
"Agora Nós" (A) em Rio Luceoca (Lago Niassa)
"Determinação" em Unango
"Cavalo Branco" (B) em Cantina Dias
"Cavalo Preto" (C) em margem esquerda do Rio Nossi até ao Rio Messinge
"Cavalo Baio III e IV" em Serra Jéci
"Cavalo Castanho (D) em Lunho
"Cavallo Malhado" em Lunho
"Boina Vermelho" em Lunho
"Boina Vermelha I e II" em Lunho
"Adeus Lunho" em Lunho
CABO DELGADO:
Nangololo de 03Set.69 a 19Dez.69
"Jupiter 2" (F) emNascente do Rio Muera
"Furacão Ataca  " (G) em Capoca
"Lotus 3" (H) em Rio Muatide
"Lotus 4" em Vale Miteda
Muaguide de 15Jan.70 a 14Fev..70
"Feroz" em Muaguide
"Tormenta" em Muaguide
"Tufão" em Muaguide
Sagal de 11Mar.70 a 18Mar.70
"Limpeza (I) Entre Chindorilho e Curva da Morte (picada Sagal-Mueda)
Mueda de 05Abi.70 a 14Abr.70
"Desforra" em Vale de Miteda
Mueda de 06Jun.70 a 27Jun.70
Patrulhamento nas imediações de Mueda.
Nangololo de 27Jun70 a 05Ago.70
Protecção aos trabalhos de engenharia na abertura da picada Nangolo-Capoca- Miteda e abertura do itenerário Nangolo- Miteda. Participou na Operação "Nó Górdio", com a missão de montar emboscadas na zona a leste do Rio Muera. Durante a operação, em deslocamento auto, uma das viaturas accionou engenho explosivo no percurso Mueda-Miteda, causando baixas às nossa tropas e destruição total da viatura.
 Clik aqui para ler a crónica, operação Nó górdio contada por quem lá esteve
Chai de 07Set.a 11Set.
"Lidador" 
Porto  Amélia de 27Set. a 18Dez70
"Determinação"
"Saturno" 
"Festa Brava" em margem direita do rio Montepuez.
(A) Destruída base Meponda
(B); (C); (G); (I); (J); (L); (M) Participou. Na última foi destruída a base Negomano encontrada abandonada
(D) Destruída a base Provincial de Gungunhana encontrada abandonada
(E) Foi-lhe atribuída, também, a missão de efectuar escoltas a colunas logísticas para Mueda
(F) Empenhados 4 grupos de combate, devido a ataque de abelhas, foi evacuado o equivalente a 2 grupos.

21ª Companhia de Comandos

Unidade Mobilizadora: C.I.C. Luanda
Comandantes: Cap. Cmd Rui Alberto Limpo Salvada
Divisa: "A Sorte Protege os Audazes"
Embarque: 27 de Agosto de 1969
Regresso: 19 Agosto de 1971
Síntese da Actividade Operacional:
Formado no Centro de Instrução de Comandos de Luanda, onde decorreu o curso de 8 de Maio  a 12 de Agosto de 1969, embarcou para Moçambique a 27 de Agosto tendo desembarcado em Porto Amélia a 11 de Setembro. Intervalando com períodos para descanso do pessoal em Montepuez e Porto Amélia, desenvolveu a actividade operacional nos Distritos de Cabo Delgado e Tete. Instalou-se em vária localidades, a fim de efectuar entre outras, as operações indicadas.
CABO DELGADO:
Mueda de 01Out.69 a 02 Dez.69
"Furão Ataca" (A) Entre a picada Mueda-Miteda e nascente do rio Muera
"Busca 1" Imediações da picada Mueda-Chomba
"Furão Busca" Imediações da picada Mueda-Mocímboa do Rovuma
"Lotus 3" (B) Rio Muatide
"Greta 1" Chindorilho
"Anne" (C) Rio Nido
Quitarejo de 16 Jan.70 a 05 Fev.70
"Noémia 1" (D) Imediações da lagoa Macugué
"Noémia 2" Imediações da lagoa Macugué
Macomia de 05 Fev.70 a 16 Fev.70
"Noémia 4" Entre os rios Messalo e o lagoNguri
Chai de 02 Mar.70 a 06 Abr.70
"Noémia 5" Margem esqª do rio Messalo
"Noémia 7" entre a Serração Mecânica e o Chai
"Noémia 8" 
Mueda de 05 Jun.70 a 06 Ago.70
"Doninha" (F) Entre os Rios Litinguinho e Nandego
"Nó Górdio (G) Planalto dos Macondes
Chai de 07 Set.70 a 11 Set.70
"Lidador" 
Nangololo de 28 Set.70 a 10 Out.70
"DeterminaçãoRio Muatide, Macopela e Capoca
Mueda de 20 Out.70 a 28 Out.70"Saturno" (J) Em Chipungo e Mochangano (Mueda)
Macomia  de 08 Jul.71 a 18 Jul.71
"Lenda" Entre a serra do Mapé e Mataca
"Fim de Festa" Serra do Mapé
TETE
Chicoa  de 03 Dez.70 a 03 FeV.71
Acções de reconhecimento de efectivo reduzido e curta duração
Moatize  de 07 Mar.71 a 13 Abr.71
Na situação de reserva da RMM
Chicoa  de 13 Abr.71 a 21 Abr.71
Acções de reconhecimento de efectivo reduzido e curta duração
Estima  de 21 Abr.71 a 09 Jun.71
Acções de reconhecimento de efectivo reduzido e curta duração

(A) (B) (G) (H) (I) (J) Participou em (J) destruída base Beira capturado material de guerra
(J) destruída base Negomano encontrada abandonada
(C) Destruída base Provincial 25
(D) Destruída base Provincia Gaza encontrada abandonad
(E) Destruída base Provincial de Pemba, capturado material de guerra e baixa ao inimigo

23ª Companhia de Comandos

Unidade Mobilizadora: C.I.O. E Lamego
Comandantes: Cap. Cmd Rui Luís Carlos Loureiro Cadete
Cap. Cmd José Manuel da Glória Belchior 
Ten. Cmd António Casaca Pulguinhas
Divisa: "Portugueses Nos Feitos e na Lealdade Sempre Prontos a Morrer Pela Pátria Pelejando Com Tanto Esforço Arte e valentia"
Embarque: 04 de Agosto de 1969
Regresso: 03 Dezembro de 1971

Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Luanda 14 de Agosto de 1969. Terminada a instrução de Comandos no CIC de Luanda, seguiu para Moçambique a 12 de Dezembro, desembarcando em Porto Amélia, a 30 daquele mês.  Com períodos para repouso em Montepuez e Ilha de Moçambique, desenvolveu a actividade operacional nos Distritos de Cabo Delgado e Tete, onde efectuou muitas operações, nomeadamente as referidas:

CABO DELGADO:

Macomia de 15 Jan70 a 15 Fev.70
"Olga 1"  (A) Em Mataca
"Olga 2 e 4" Margem Sul do Rio Messalo e Mataca
"Olga 3" Mata Nhangolo o Oeste de Chai
Mueda de 07 Mar70 a 11 Abr..70
"Anne 2" Imediação da ponte do rio Mueda
"Chumbada" Entre Mueda e Chomba
"Desforra" Picadas Mueda - Nancatari e Mueda - Miteda
"Desminagem"  (B) Rio Mutamba
Mueda de 30 Mai 70 a 07  Set.70
"Catavento" (C) Entre as picadas Mueda - Sagal e Mueda -Miteda
"Codorniz" Vale de Miteda
"Nó Górdio" 
"Recomeço" Rios Nido, Lipélua e Lucungué
"Pereira da Silva" Margens do rio Lipuede
"Trotil"  Chantia
Nangololo de 06 Nov 70 a 08  Jan.71
"Marte" Sul da picada Miteda - Nangololo
"Arraial" Sul da picada Miteda - Nangololo
"Oportunidade" (E) Nascentes do rio Muera a NE de Miteda
"Nova Oportunidade" (F) W das nascentes do rio Muera 
Mueda de 22 Mar 71 a 16  Abr.71
"Bagoeira" Sul da picada Mueda - Sagal e do rio Liguali
M. da Praia de 16 71 a 04 Jun.71
"Orfeu 11" (G) Rio Nango
"Orfeu 13" (G) Entre Nambude e e o rio Messalo
"Ómega 3"  SE Nambude
Mueda de 08 Jun 71 a 04 Jul.71
"Libélula 1 a 6" Imediações de Mueda
Mueda de 01 Nov.71 a 20 Nov 71
Situação de reserva do COFI
TETE
Furancungo de 03 Ago 71 a 06  Set.71
"Reptil 1" Zimete, entre os rios Mavuzi e Lumazi
"Razia 2" Chiromboé, entre os rios Luia e Calidzibiri
"Razia 5" Chisoboé, junto à fronteira com a Zâmbia


Estima de 06 Set.71 a 01 Out.71
"Reinado" Imediações da estrada Tete - Estima
"Pertinácia" Imediações da estrada Tete - Estima
"Palpite" Imediações da estrada Tete - Estima
Tete de 01 Out.71 a 14 Out.71
"Pantera 1" em Gafaria, Chimamba,e picada de Moatize
"Pantera 3" Rios Revuboé e Condedzi

(A) Destruída base Manica. baixas ao IN ecaptura de material de guerra
(B) Ferido Comandante da Companhia (acidente com arma de fogo)
(C) Participou de 2 a 10 de Julho 1970 com a missão de escoltar colunas logísticas  e segurança à 1ª BART./GAC 6 e a partir de 12 Julho, integrada no Agrupamento IC - ataque à base Nampula
(E) - (F) Participou
(G) Com os GE 204 e 207 e cerca de duas centenas de elementos da população civil. Visava retirar ao IN, meios de substência numa vasta área. Foram recolhidas várias tonelada sde milho, mandioca e arroz e destruída grande quantidade destes e outros.
28ª Companhia de Comandos
"Os Tigres"


Unidade Mobilizadora: C.I.C - Luanda
Comandantes: Cap.Cmd Jaime Alberto Gonçalves das Neves
Cap. Cmd António Justino Cardoso Borralho
Embarque: 22 de Abril de 1970
Regresso à Metrópole:04 de Setembro de 1972
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Luanda , a 1 de maio de 1970., a fim de receber instrução no Centro de Instrução de Comandos. Em 3 de Agosto, seguiu para Moçambique, tendo desembarcado em Porto Amélia , a19 daquele mês. Intervalando com períodos  para repouso do pessoal em Montepuez, António Enes e Ilha de Moçambique, efectuou operações em Cabo Delgado, e Tete nomeadamente as referidas

Operações:
CABO DELGADO:
MUEDA de 06 Set.70 a 10 Out 70 
"Proximidade" Rios Lipuede e Uteco a Sul de Mueda
"Entre Vales" Rios Lipuede e Uteco a Sul de Mueda
"Atitude" Planalto de Mueda
"Determinação" Rio Muatide, Macopela e Capoca
DIACA de 12 Out.70 a 31 Out.70
"Neptuno" Vale do Rio Muere
"Mercúrio" (A) Entre o Rio Mutamba e a picada Chitolo- Mutamba dos Macondes
Tete
CHICOA de 19 Dez 70 . a 06 Fev 71 
 Accões não identificadas numa vasta área que incluía Chicoa, Daque, Magoé Novo, Caponda, Mecumbura, Chioco, Chinhanda, Fingoé, Carinda e Cajuda (B)
CABO DELGADO:
NANGOLOLO de 06 Abr. 71. a 04 Mai. 71
"Orfeu 2" (C) Rio Muatide a Norte de Nangololo
"Orfeu 3) (D) Entre Capoca e a nascente do Rio Muera
"MUEDA de 05 Mai.71. a 12 Jun.71
"Badanal 1" (E) Zona dos Paus até Nova Beira
Tete
Gago Coutinho de 11Jul.71 a 20Jul.71
"Marte" (F) Rio capoche, junto à fronteira com a Zãmbia
Cantina Oliveira de 22Jul.71 a 02 Ago.71
"Mascara" Rios Mevira e Mene e serra Macuacua
Estima de 03 Ago.71 a 13 Set. 71
"Furia 3" Rio Muze
"Truta 13, 14 e 15" Entre Chissua e o rio Mefidze
"Saragaço 15 e 22" Nchancapirire
"Saragaço 25"Rio Tchirodzi 
CHICOA de 12 Out. 71 a 09 Dez-71
"Série Pilar" (7 Operações) Serra Manhanrere, vales dos rios Nhacapirire e Muse e aldeamento Metape
"Rompante" (7 Operações) Vales dos rios Daque,Muze, Lissungui e Cangudzi
ESTIMA de 13 Jan.72 a 03 Fev. 72
"Padrão 3"  Em Monte Chicamoa
"Pirata" Em rio Tchirodzi
"Papiro 5" Em Monte Dulula
"Papiro 6" Em rio Mufa
"Pagode 7" Em rio Camanga
MUFA (G)  de 03 Fev.72 a 13 Mar. 72
"Festa Brava" Em Montes Chicolo, rios Nhamlimbo e Mufa
"Magia 2" Em serra Inhassazangoé, povoações de cerveja e Ismael e rio Mufa
GAGO COUTINHO (H) de 15 Abr.72 a 01 Mai. 72
"Faizão" Fronteira com a Zâmbia
CABO DELGADO:
NANGADE de 02 Mai. 72 a 20 Jun 72
"Bezerro"  (I) Lago Chicauaia, rios Luníque, e Uncadi
"Bazófia" A Sul do rio Lunique
TETE
MOATIZE de 10 Jul.72 a 01 Ago. 72
"Série Forte" 6 Operações entre os vales dos rios Revuboé e Codedzi até à margem esqª do rio Zambeze


(A)Capturado material de guerra
(B) Destruídos cinco acampamentos
(C) Participou. Destruídos três acampamentos, baixas ao IN,  Capturado material de guerra
(E) Participou. Destruída base Beira, com Hospital, refeitório e abrigos anti-aéreos encontrada abandonada. Capturadas munições que se encontravam num pequeno depósito.
(F) Participou. Destruídas base Cassuende, baixas ao In, capturado material de guerra e grande quantidade de documentos.
(G) Dois grupos de combate ficaram em Estima até 12Fev72, juntando-se à Companhia nessa data.
(H) Um grupo de combate em Montepuez. Juntou-se à companhia em Nangade a 03Mai72
(I) Destruída base e dos acampamentos

29º Companhia de Comandos

Unidade Mobilizadora: C.I.C - Lamego
Comandantes: Cap.Cmd Florindo Eugénio Baptista Morais
Cap. Cmd António Justino Cardoso Borralho
Embarque: 25 de Julho de 1970
Regresso à Metrópole:06 de Novembro de 1972
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Luanda , a 02 de Agosto de 1970., a fim de receber instrução no Centro de Instrução de Comandos, a 30 de Novenbro. Em 04 de Dezembro, seguiu para Moçambique, tendo desembarcado em Porto Amélia , a 21 daquele mês. Colocada inicialmente em Montepuez, intervalando com períodos para descanso do pessoal naquela localidade e na Ilha de Moçambique, foi chamada a intervir nos Distritos de Cabo Delgado e Tete.onde efectuou muitas operações designadamente:
Operações:
CABO DELGADO:
ANTADORA de 13 Jan..71 a 15 Fev.71
"Romaria - 1ª Parte - 1ª fase " (A) Serra de Antadora e vale do rio Muera
"Romaria - 1ª Parte" - 2ª fase" Norte de Antadora  e vale do rio Elala
"Romaria - 1ª Parte" - 3ª fase" (A)  Norte de Antadora
DIACA de 15 Fev.71 a 04 Mar.71
"Romaria - 2ª Parte" Ingolonga

TETE:
VILA COUTINHO de 23 Abr.71 a 04 Mar.71
"Malhão" Rio Canuche
"Recarga 1 e 2" Sabrica,picada Chipinde e rio Mecane
"Recarga 3" Rio Mecane
"Recarga 4" Mandala e rio Namandazi
ESTIMA de 03 Jun.71 a 07 Jul.71
"Tangerina 1" Serra Djunça
"Tangerina 2 e 13" Metape
"Tangerina 6" Marara
"Tangerina 7" Monte Dulula
"Tangerina 21" Chinhanda
"Tangerina 23, 25 e 26" (B) Estrada Tete-Marara
"Serra Hotel" Margem do rio Pomboé


Zona de acção em Tete da 29ª CCMDS
CABO DELGADO:

NANGOLOLO de 20Jul. 71 a 29 condição de reservaJul. 71
"Lancelote"  Entre as nascentes do rio Muera e a picada de Capoca
PORTO AMÉLIA de 29 Jul. a 11 Agos.71
Na condição de reserva do Comando Chefe da RMM
CHAI de 11 Ago 71. 71 a 19 Ago. 71
"Beira Rio- 1ª fase" Imediações do lago Nguri
ANTADORA de 19 Ago.71 a 29 Ago. 71
"Beira Rio- 2ª fase" Margens direira do rio Muera
MUAGUIDE de 29 Ago. 71 a 03 Set. 71
"Ópido 5" Entre os rios Munhapo, Porri e Muaguide
MUEDA de 07 Set. 71 a 26 Set. 71
"Brecha" (C) Zona dos Paus

TETE:
MUCHENA de 04 Nov.71 a 18 Nov.71
"Flauta 1" Rio Ponfi (Muchena)
"Flauta 3"  Monte Txangosa
"Flauta 4" Rio Revuboé
"Flauta 5" Rio Messambédzi
CASULA de 18 Nov.71 a 26 Nov.71
"Retorce 8" Casula e Matenge
"Retorce 9" Massanga
TEMBUÉ de 29 Nov.71 a 13 Dez.71
"Remate" Monte Chiremboé e rio Luângua
SABONDO de 16 Dez.71 a 09 Jan.72
"Paloma 6" Rio Chamambe
"Paloma 8" Margem esqª do rio Capoche
"Foca 1" Rio Pumboé

CABO DELGADO:
MACOMIA de 15 Fev.72 a 20 Mar. 72
"Bisnau 21" Serra do Mapé
"Ovar" (D) Serração Mecânica
"Larva" (E) Nascente do rio Porri

TETE:
MUSSACAMA de 14 Abr.72 a 10 Jun.72
"Retiro1" Viúva Henriques
"Rocambole" Entre os rios Duembe e Condedzi
"Roleto 1"Entre os rios Vudzi e Condedzi
"Ricochete" Mogunda e Viúva Henriques

CABO DELGADO:
MUEDA de14 Jul.72 a 29 Jul.72
"Linda" (F) Rios Muera,Dialaquele e Muatide

BEIRA:
GURO de 29 Jul.72 a 12 Ago.72

Operações não idenfificadas nos rios Luenha, junto à fronteira com a Rodésia

TETE:
MUSSACAMA de 12 Ago. 72 a 08 out. 72
"Morcego 1"  Rio Vudzi
"Morcego 3" Margem esqª do rio Condedzi entre Zóbué e Cadjia
"Raiva 2" (G) Imediações da picada Dande - Mussa
"Raiva 4" Monte Mitande
"Rampa 1 e 2"  Monte Tambani, junto à fronteir com o Malawi

(A) e (F) Participou
(B) Protecção aos trabalhos de engenharia
(C) Participou na segurança aos trabalhos da abertura de picada  na zona de Paus
(D) Capturada grande quantidade de granadas de canhão sem recuo e de morteiros de 82  mm
(E) Participou. Destruída base Manica
(G) Destruída base, baixas ao In e captura de material de guerra e outro

RESUMO DOS RESULTADOS OBTIDOS

48 IN abatidos
10 IN feridos
160  Pessoas capturadas
2 Canhangulos capturados
43 armas automáticas capturadas
84 granadas de canhão c/recuo
1 Morteiro capturado
2 LGF capturado
Centenas de munições capturadas.
Por acidente com arma de fogo morreu um militar Português,

Material de guerra capturado ao In pel 29Ç CCMDS
32º Companhia de Comandos

"OS SABRES"
Unidade Mobilizadora: C.I.C - Lamego
Comandantes: Cap.Cmd Humberto Manuel Ferreira Carapeta
Cap. Cmd Rodrigo Leite ribeiro Moura
Embarque: 05 de Fevereiro de 1971
Regresso à Metrópole:06 de Julho de 1973
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Luanda , a 15 de Fevereiro de 1971 a fim de receber instrução no Centro de Instrução de Comandos. Terminado o respectivo curso, seguiu para Moçambique a 11 de Julho de 1971, tendo desembarcado na Beira, a 20 daquele mês. Alternando com períodos para repouso do pessoal em Montepuez e Ilha de Moçambique, desenvolveu a actividade operacional nos Distritos de Cabo Delgado, Tete e Beira. Efectuou muitas operações, nomeadamente as indicadas:

Operações:
CABO DELGADO:


MUEDA de 09 Ago.71 a 09 Set.71
"Série Libélula (5 Operações)" Picada Mueda - Miteda
"Bairro Alto" Picada Mueda - Beira Nova
NANGOLOLO de 08 Set.71 a 06 Out.71
"Série Barrela(4 Operações)" (A) Miteda - Capoca - Muatide- Muidumbe e Muera

TETE
 ESTIMA de 11 Nov.71 a 14 Jan.72
"Moda Nova" (B) Chipera
"Rafeiro 7" Nhaconhe
"Rifle 3" Rio Mufa
"Rifle 8" Rio Mefidze
"Rifle 22" Monte Tchibué
"Rifle 23" Monte Nhansita
"Rampa 4" Serra Canzi
"Pagode 7" Monte Caconde
"Padrão 1" Rios Dzidzi e Catete



MUSSACAMA (C) de 15 Fev72 a 10 Abr.72
"Palanca 2" Rios Condedzi, Serenguedza, e Vudzi
"Palanca 4" Rios Condedzi e Duembe
"Falcão 3" (D) Mogunda
"Falcão 5" Margem Esqª do rio Condedzi
"Faulha 5"  Margem Esqª do rio Vúdzi
"Faulha 6 e 7" Monte Tambâni

 CABO DELGADO:
MUEDA de 16 Mai,72  a 15 Jul.72
"Botija 1" Monte Litundo
"Botija 3" Rio Nimo
"Búzio" Monte Muávi
"Orchata" (E) Margem esqª rio Rovuma
"Linda" (F) Rio MCombedzi

TETE
MCITO de 10 Ago.72 a 15 Out.72
"Mamuna 2 e 3" Rio MCombedzi
"Mamuna 4" Rio Malica
"Roma 2" Lagoa Lifumba
"Pascal 1" Ao longo do Rio MCombedzi
MECUMBURA de 09 Nov.72 a 20 Fev.73
"Talismã" (G) Picada Nura - Mecumbura
"Triunfal Cavalgada"  (H) Entre os rios Mandagué e Luia e fronteira com Rodésia
"Tango Argentino" Entre os rios Luia e Nhambia
"Satélite Voador" (I) Nascente do rio Daque
"Tambor Real" (J) Rios Mono, Nhacatonde, Nhandanlala e Mecumbura
"Sitiador" (L) Serra Mevunge
"Tzarina" Rio Mono
"TséTsé" Vales dos rios Daque, Culo-culo e Chitope Pequeno
"Sagres" Rio Choe e Chicomora

BEIRA
CANDA de 23 Mar73 a 22 Abr.73
"Série de 8 Operações" (M) Chaima, Vanduzi, Massara, Gouveia, Botão e Sagudzo

CABO DELGADO
MUEDA de 26 Mai.73 a 07 Jun.73
"Brasa" Mueda

(A), (B) e (F) Participou
(C) destacou a 01Mar,72, um grupo de combate para caldas Xavier
(D) Destruídas cerca de duas centenas de palhotas, muitos celeiros com toneladas de arroz, milho e feijão
(E) Destruída Base Beira. Capturado material de guerra e outro
(G) Destruídas duas bases e 4 celeiros com milho
(H) Destruídas cerca de 150 palhotas, 7 celeiros com grande quantidade de milho
(I) Destruídas bases Cabaute e Manhanda. Capturado material de guerra e outro
(J) Destruída duas bases e 6 celeiros de milho
(L) Destruídas três base. Capturado material de guerra e documentos.
(M) Patrulhamento e contacto com a população
(N) Destacamento de 40 elementos para participar na Operação "Brasa"

34º Companhia de Comandos

Unidade Mobilizadora: C.I.C - Lamego
Comandantes: Cap.Cmd Adelino Nuno M. dos Reis  e Moura
Cap. Cmd Valdemar Dias Leite Moreira
Embarque: 01 de Junho de 1971
Regresso à Metrópole: 12 de Novembro de 197312
Síntese da Actividade Operacional:
Desembarcou em Luanda , a 1o de Junho de 1971 a fim de receber instrução no Centro de Instrução de Comandos. Terminado o respectivo curso, seguiu para Moçambique a 17 de Novembro de 1971, tendo desembarcado em Porto Amélia , a 3 de Dez. . Alternando com períodos para repouso do pessoal em Montepuez e Ilha de Moçambique, desenvolveu a actividade operacional nos Distritos de Cabo Delgado, Tete e Beira. Efectuou muitas operações, nomeadamente as indicadas:

Operações:
TETE
MATUNDO de 11 Dez. 71 a 20 Dez. 71
"Mesopotâmia" (A)  Confluência dos rios Condezi e Revuboé ao rio Messambeze
CAPIRINJANJE de 21 Dez. 71 a 02.Jan. 72
"Mastro 3" Montes Nhamirinça e Bombeça
"Mastro 4" (B) Rios Duembe e Condedzi
CHICOA de 06 Jan. 72 a 20 Fev. 72
"Muralha"  (C) Rio Calugué e nascente do rio Daque
"Raiz"  Rios Mono, Chambia e Mandangué
"Rubieta 4" Entre os rios Zambeze  e o aldeamento de Cocome
"Rubieta 5" Entra picada Chicoa - Estima e o rio Nhancapiriri

CABO DELGADO
MACOMIA de 20 Mar. 72 a 13 de Mai 72
"Lazão 34" Serração Mecânica
"Bisnau 2" Serração Mecânica
"Ousadia 2" Serra do Mapé
"Bonus 3" Serra do Mapé
"Bulha 3" Lagoa de Litamanda

TETE
CARINDE de 12 Jun.72 a 06 Jul./2
"Ribombar 2" Rio Vuzi
"Ribombar 3 e 4" Confluência dos rios Mucanha e Bohosi
TETE (CIDADE) 07 de Lul.72 a 13 Jul.72
De prevenção
TEMANGAU de 14 Jul.72 a 02 Ago.72
" Filisteu 1" Montes Tokué

" Filisteu 2" Aldeamento de Camulio e rio Doca
" Filisteu 4" Confluência dos rios Luia e Mazoé
MACHINANGA de 09 Set.72 a 07 Nov.72
" Roldão" Margens do rio Mazoé
"Rebate 1" Margens do rio Mazoé
"Rebate 2" Confluência dos rios Luia e Mazoé
"Raspão 2 e 3" Confluência dos rios Luia e Mazoé
"Rebate 3" Margem norte do rio Mazoé, junto à fronteira com a Rodésia
"Picota 1" Serra Inhamaconde e rio Luia
"Picota 3 e 6" Margens do rio Luia
"Pigmeu 3" Monte Tokué junto à fronteira com a Rodésia
ESTIMA de 07 Dez.72 a 05 Fev.73
"Rotulo 4" Entre a bacia do rio Mufa e o aldeamento de Inhassanga
"Reflexo 5" Monte Chimbozi e margem direita do  rio Nhimbe
"Reflexo 4" (D) Monte Alface e rio Nhimbe
"Parâmetro 1" Monte Nhamise
"Parâmetro 3 e 4" Monte Chacole
"Problema 1" Rio Tchirodzi
"Problema 7"  Confluência dos rios Mufa e Nhapando

BEIRA
PANDIRA de 03 Mar. 73 a 24 Maio 73
"Garrote 1 e 2" Montes Zambelangombe e rios Pambué e Tipui
"Garrote 4 "  Montes Zambelangombe e Tipui

"Garrote 9 " Monte Panda
"Gordilho 1" Monte Panda
"Gordilho 6 e 9" Monte Dzingué
"Gordilho 7" Serra  de Chite

TETE





CHANGARA de 25 Maio 73 a 14 de Jun.73
Protecção aos trabalhos da TLC (Transmition Lines Construction)na montagem de cabos de alta tensão para Cabora Bassa.
DÉGUÉ de 27 de Jul.73 a 15 Ago.73  
Reserva do Comando Chefe da RMM. Acções de patrulhamentos de curta direcção nas proximidade de Dégué
ESTIMA de 15 Ago.73 a 17 Out.73
"Binómio 13,14,21 e 22" Imediações da estrada Tete-Songo
"Ciclone 1"  Imediações da estrada Tete-Songo
"Ciclone 12" Rio Mufa
"Ciclone 18 e 19" Imediações de Estima
"Ciclone 21" Monte Tchibué

(A), (C)  Participou. Na 1ª foi destruída base e capturado grande quantidade de material de guerra e outro
(B) Destruída base Capirinjane
(D) Destruída base Chivungo